Aos 28 anos, é inegável que Neymar já tem uma carreira muito vitoriosa. Desde a época de Santos, onde foi revelado, passando por Barcelona, sua primeira experiência na Europa, e chegando ao PSG, equipe onde tem a maior de suas responsabilidades por ser o cara do time, o atacante ganhou quase tudo o que disputou por todos esses clubes. E podemos dizer que em muitas destas conquistas, sejam elas grandes ou menores, o brasileiro teve papel de protagonismo.
O problema é que desde que se transferiu do Barcelona para o PSG, há três anos, Neymar vive uma enorme cobrança por não conseguir levar o clube parisiense ao tão sonhado título da Liga dos Campeões da Europa, taça que já ergueu nos tempos em que fazia parceria com Lionel Messi e Luis Suárez. Nesta temporada 2019/20, o jogador tem uma oportunidade de ouro nas mãos e se depender do retrospecto do brasileiro em jogos de mata-mata, como é esta reta final de Champions, o torcedor pode ficar tranquilo.
Desde 2009, quando estreou profissionalmente pelo Santos, Neymar vem mostrando que quando o assunto são confrontos eliminatórios sua equipe pode contar com ele. Nestes quase 11 anos de carreira, o brasileiro soma 110 partidas deste tipo por clubes, seja em formato de partida única ou de ida e volta (estamos contando também competições que já começam nas finais, como Recopa Sul-Americana, Supercopa da UEFA, Supercopa da Espanha e Troféu dos Campeões da França, por exemplo).
E o desempenho de Neymar é muito bom. São 73 vitórias, 17 empates e apenas 20 derrotas. O número alto de triunfos também expressa o número elevado de classificações. São 63 confrontos em que passou de fase ou foi campeão contra apenas 13 em que acabou eliminado ou ficou com o vice-campeonato. E nestas 110 partidas, o atacante deixou sua marca 73 vezes, média de 0,66 gol por jogo.
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O início no Santos
Por quatro temporadas e meia, Neymar defendeu o Santos, clube que o revelou. E foi neste período que o camisa 10 da Seleção Brasileira mais encarou partidas eliminatórias (disputou Paulistão, Copa do Brasil, Copa Sul-Americana, Libertadores da América, Recopa Sul-Americana e Mundial de Clubes da FIFA). Foram 52 até o meio de 2013, quando se transferiu para o Barcelona.
Não demorou muito para Neymar viver um ano espetacular em mata-mata. Em 2010, o “Quarteto Santástico” destruiu o futebol brasileiro e fez do Peixe o time a ser batido no país. Em 14 partidas eliminatórias, venceu 11, alcançando oito classificações e apenas uma eliminação. Foram 15 gols marcados, fazendo desta temporada a que o jogador mais foi artilheiro em jogos eliminatórios até hoje.
Depois de um 2011 magnífico também, que teve a conquista da Libertadores da América, Neymar teve um ano seguinte vitorioso e bastante artilheiro (12 gols em 12 jogos de mata-mata). Nos poucos meses de Peixe em 2013, Neymar não teve um desempenho legal e ficou abaixo dos seus altos padrões.
A época de ouro no Barcelona
Em nenhum outro clube Neymar foi tão vitorioso quanto no Barcelona. Tanto no Santos quanto no Barça, Ney conseguiu 31 vitórias em mata-mata, mas na Espanha realizou 10 jogos a menos do que na comparação com os tempos de Brasil. Em sua chegada, em 2013/14, a temporada não foi das melhores, mas o que veio a seguir compensou.
No histórico 2014/15, o Barcelona voou, conquistando tudo o que disputou. Foram 13 vitórias e apenas uma derrota em partidas eliminatórias a temporada inteira, com nove classificações seguidas. E muito disso pode colocar na conta de Neymar, responsável por balançar as redes 14 vezes.
Nos dois anos seguintes, Neymar e seus companheiros de Barcelona seguiram mantendo um bom aproveitamento em mata-mata a nível espanhol, na Copa do Rey e na Supercopa da Espanha, mas não conseguiram repetir na Liga dos Campeões, apesar do brasileiro ter conseguido prolongar um pouco a sequência do Barça na Champions de 2016/17, naquela histórica virada diante do PSG no Camp Nou com participação direta do brasileiro em quatro dos seis gols.
A vida no PSG
Domesticamente, ou seja, na França, Neymar segue mantendo um retrospecto favorável em eliminatórias, mas longe de conseguir números tão bons quanto no Santos e no Barcelona. Até o recomeço da Liga dos Campeões da Europa, já contabilizando as duas copas que venceu recentemente (da França e da Liga Francesa), são 11 vitórias, dois empates e três derrotas em 16 partidas. São 12 classificações e três eliminações em mais de duas temporadas.
Em 2019/20, o Paris Saint-Germain ainda não foi eliminado em nenhuma competição de mata-mata, com Neymar marcando cinco gols em seis partidas.
Retrospecto na Liga dos Campeões da Europa
A história de Neymar e Champions League começou em 2013/14, e nestas sete temporadas que já se passaram (seis completas e uma em andamento), o retrospecto do atacante do PSG é bom.
São 22 jogos de mata-mata da Champions (incluindo finais), sendo 13 delas vencidas pelo time que contava com o brasileiro. Foram também mais sete derrotas e dois empates. Esses números já ajudaram Neymar a se classificar em oito oportunidades, mas também culminaram em eliminação na Liga quatro vezes. Nestes anos, o camisa 10 tem 13 gols marcados. Vale lembrar que o atleta não disputou o mata-mata de 2018/19 por estar contundido.
Abaixo, veja o retrospecto de Neymar em mata-mata na carreira:
Santos (2009 – 2013)
Jogos: 52
Vitórias: 31
Empates: 11
Derrotas: 10
Classificações/Títulos: 28
Eliminações/Vices: 6
Gols marcados: 36
Barcelona (2013 – 2017)
Jogos: 42
Vitórias: 31
Empates: 4
Derrotas: 7
Classificações/Títulos: 23
Eliminações/Vices: 4
Gols marcados: 26
Paris Saint-Germain (2017 – 2020)
Jogos: 16
Vitórias: 11
Empates: 2
Derrotas: 3
Classificações/Títulos: 12
Eliminações/Vices: 3
Gols marcados: 11
Carreira (2009 – 2020)
Jogos: 110
Vitórias: 73
Empates: 17
Derrotas: 20
Classificações/Títulos: 63
Eliminações/Vices: 13
Gols marcados: 73