Fã do futebol inglês, este fim de semana é todo seu! No sábado, às 8h30 (de Brasília), Fulham x Arsenal dá o pontapé inicial a mais uma temporada da Premier League, o campeonato nacional mais popular do mundo. Em 2020/21, a competição promete ser ainda mais sensacional. Algumas mudanças devem mexer um pouco com a edição, isso sem falar nos elencos que se reforçaram bem para brigar pelo título do campeonato.
Para quem estava com saudades de apostar na Premier League, o Betsul traz, como de costume, todos os 380 jogos do campeonato para palpitar. Mas, antes disso, que tal ver o guia que preparamos sobre a edição 2020/21 do Inglês? Então confira abaixo os times, os favoritos, as novidades e as caras novas que a competição terá a partir de agora!
As novidades
A bola
Todo ano a Premier League traz uma bola nova, isso não é novidade. No entanto, para a temporada 2020/21 o novo modelo não deve ser apenas estético, mas também estrutural. Segundo a liga, a Nike Flight é resultado de oito anos de pesquisa e traz a bola mais inovadora da competição dos últimos 20 anos. De acordo com eles, o design revolucionário aperfeiçoa a aerodinâmica da pelota, além de permitir finalizações mais precisas dos atletas.
Mudanças no VAR
A partir de agora, o VAR deverá ser mais utilizado na Premier League, ampliando a utilização para três ocasiões: gols, cartões vermelhos e cobranças de pênaltis.
Nas penalidades, goleiros não podem mais avançar nem um centímetro a linha do gol. Caso isso aconteça e ele tenha “impacto material” no resultado da cobrança, ela será feita novamente. O mesmo vale para as invasões de áreas de jogadores de linha, sejam eles de ataque ou de defesa.
Vale ressaltar que se essa norma for infligida, mas ela não influenciar nos acontecimentos, o VAR não será acionado.
Sobre impedimento, em situações em que o lance está gerando a possibilidade de gol e finalização, a recomendação é para que o auxiliar não assinale nada e espere a conclusão da jogada (é como se tem feito, em teoria, no Brasil). Quando o VAR for acionado, o árbitro de vídeo poderá traçar linhas para confirmar o impedimento e todo esse processo será exibido em tempo real no telão para os torcedores (quando eles retornarem aos estádios).
Substituições
Diferente do que outras ligas adotaram, a Premier League decidiu não manter as cinco substituições por jogo já no início da temporada 2020/21, retornando para as já habituais três. A decisão vai na contramão do que a maioria das grandes competições europeias decidiu adotar, pelo menos nestes primeiros meses de novo calendário.
Público nos estádios
Um dos temas que mais vai gerar debate no começo da Premier League. Em uma primeira decisão, o público poderia retornar aos estádio em outubro, por volta da 4ª rodada do campeonato. No entanto, o Primeiro-ministro Boris Johnson sinalizou que a ideia ser adiada, fato que não deixou a liga nada feliz. Segundo ela, os prejuízos financeiros já são grandes e a volta do público é “absolutamente crítica”. Por enquanto, nada foi decidido, mas o assunto promete se estender e ser bem quente.
As caras novas
Como sempre, tem muita estrela e promessa chegando à Premier League em 2020/21. O mercado de transferências que já abriu faz tempo seguirá aberto até o meio de outubro, portanto, a expectativa é de que muitos outros nomes cheguem à Inglaterra para disputar a elite do futebol do país.
Os brasileiros Thiago Silva, Allan, Marçal e Yan Couto chegam para a Premier League, assim como Malang Sarr, James Rodríguez, Fábio Silva, Hakim Ziyech, Donny van de Beek, Timo Werner, Ferran Torres e Kai Havertz, craques que prometem elevar bastante o nível da competição.
Os times
Arsenal – 8º na última temporada
O Arsenal foi ao mercado de maneira tímida, podemos dizer. Willian e Cédric Soares chegaram sem custos de Chelsea e Southampton, respectivamente, e a defesa está reforçada com as contratações de Pablo Marí e Gabriel Magalhães (Soares e Marí já defendiam o clube, mas por empréstimo).
No entanto, isso não é motivo para o torcedor se preocupar. Os Gunners mantiveram suas principais peças e o treinador Mikel Arteta, responsável por fazer o time voltar a ser competitivo. A expectativa é de que o Arsenal inicie a temporada confiante de que pode ir mais longe do que foi no ano passado (um fiasco, é verdade).
Aston Villa – 17º na última temporada
O Aston Villa se manteve na Premier League na temporada passada de maneira dramática e polêmica, e espera que este calendário traga uma sorte melhor do que o último. Duas contratações de peso podem ajudar o time a conseguir uma melhor classificação em 2020/21, principalmente o centroavante Ollie Watkins, ex-Brentford, um dos grandes destaques da Championship (o outro é Matty Cash, que chega do Nottingham Forest).
Brighton & Hove Albion – 15º na última temporada
O Brighton começou a última temporada conquistando resultados imprevisíveis, que garantiram pontos o suficiente para que o time não passasse sufoco durante boa parte da Premier League. Para agora, Graham Potter perdeu Anthony Knockaert e Aaron Mooy, peças importantes de 2019/20, mas em compensação recebeu Adam Lallana e Joël Veltman, experientes, e a aposta Jensen Weir, do Wigan. Se conseguir repetir a campanha e permanecer na 1ª divisão já será uma boa temporada.
Burnley – 10º na última temporada
O Burnley superou as expectativas na última temporada e tem tudo para repetir a dose em 2020/21. Aaron Lennon e Joe Hart, dois nomes de peso, deixaram o clube, mas eles não eram os pilares que sustentavam a equipe. Estes, aliás, se mantém no clube (por enquanto). A questão é que também não chegou nenhum grande reforço, detalhe que pode fazer com que o clube não consiga aspirar conquistas maiores na temporada.
Chelsea – 4º na última temporada
O Chelsea terminou a última temporada em alta e a expectativa para ver os Blues em campo aumentou demais em 2020/21 devido ao pacotão de reforços que chegou em Stamford Bridge. Possivelmente o time mais impactante da janela de transferências deu a Frank Lampard nomes como Werner, Havertz, Chilwell, Thiago Silva, Sarr e Ziyech.
Tudo isso mantendo os grandes astros que já tinha no elenco, montando um plantel que chega para rivalizar com Liverpool e Manchester City pela conquista da Premier League e de mais títulos na temporada.
Crystal Palace – 14º na última temporada
Irregular em 2019/20, o Crystal Palace não deve ser tão diferente em 2020/21. De peso, só a chegada de Eberechi Eze, do QPR. Alguns emprestados, outros promovidos da base e mais uns que chegam de graça completam os reforços, mas nada que mude o patamar da equipe. Nomes importantes também não deixaram o elenco de Roy Hodgson então a tendência é pelo menos dar continuidade ao trabalho do calendário anterior.
Everton – 12º na última temporada
É mais um time que tem deixado todos curiosos para ver em campo. Carlo Ancelotti conseguiu salvar uma temporada passada péssima do Everton que por muito tempo pareceu ser de luta contra o rebaixamento. Agora, o italiano tem Allan, James Rodríguez e Abdoulaye Doucouré para montar um meio-campo muito forte e aspirar objetivos maiores na Premier League.
Fulham – vencedor do playoff da Championship
O Fulham foi o último time a garantir vaga nesta edição da PL. Vindo da 2ª divisão, trouxe alguns bons reforços, como Reed e Lemina (este por empréstimo) do Southampton e Anthony Knockaert, sua maior contratação para a temporada. T alvez a maior perda seja a de Steven Sessegnon, que volta após empréstimo. Se conseguir bons resultados e se manter na elite, o time de Londres já pode comemorar.
Leeds United – Campeão da Championship
Quem não quer ver o Leeds United de volta à Premier League? Marcelo Bielsa transformou a equipe em uma máquina de vitórias na temporada passada e espera manter um nível similar em uma competição muito mais pesada. Para isso chegaram nomes de peso, como Rodrigo, ex-Valencia. Hélder Costa foi contratado em definitivo e Robin Koch vem do Freiburg para reforçar a defesa. A expectativa em cima do clube é alta, mas não será fácil bater de frente com quem já está na elite.
Leicester City – 5º na última temporada
A promissora temporada 2019/20 do Leicester terminou de maneira desastrosa, e os Foxes não fizeram mudanças profundas no elenco para que isso não se repita em 2020/21. Ben Chilwell foi a grande saída, mas a diretoria correu atrás e trouxe Timothy Castagne da Atalanta. Ambos são laterais, mas jogam em lados opostos. De qualquer forma, a defesa está reforçada com uma ótima contratação para Brendan Rodgers.
Liverpool – campeão da última temporada
O Liverpool apostou 100% em manutenção do elenco para esta temporada. Ninguém saiu, ninguém chegou e, segundo membros do clube, nenhuma grande contratação deve acontecer (Thiago era uma expectativa). A aposta em dar continuidade ao trabalho de Jürgen Klopp é o grande trunfo dos Reds para buscarem mais uma vez o título da Premier League, e o favoritismo para isso é gigante.
Manchester City – vice-campeão da última temporada
Quem segue os passos do Liverpool é o Manchester City, muito tímido no mercado para os seus padrões. É verdade que chegaram Nathan Aké e Ferran Torres, mas a base de Pep Guardiola deve se manter e os dois, a princípio, são opções. A grande perda talvez seja Leroy Sané (David Silva também saiu), mas o nível dos Citizens está mantido e o time entra para brigar pelo título.
Manchester United – 3º colocado na última temporada
O United terminou bem a última temporada e está “reforçado” para essa. A única contratação foi Donny van de Beek, mas Smalling, Rojo e Henderson voltaram de empréstimos e todos fizeram ótimos temporadas em 2019/20. A manutenção de seus principais jogadores com a chegada dos novos faz dos Red Devils um time forte para brigar pelo Inglês.
Newcastle – 13º na última temporada
Ryan Fraser prometia agitar o mercado na Inglaterra e o Newcastle o trouxe de graça, uma das boas aquisições na janela ao lado de Callum Wilson e Jamal Lewis. Agora, Steve Bruce tem o mesmo elenco da última temporada com novidades interessantes, aumentando a expectativa para mais do que a posição mediana em 2019/20.
Sheffield United – 9º na última temporada
O Sheffield trabalhou e conseguiu manter o mesmo nível do time que foi uma sensação em 2019/20. Apesar de ter perdido Dean Henderson, que retornou ao United, trouxe Aaron Ramsdale e a expectativa é de que novamente o goleiro seja um porto seguro da equipe. Mais acostumado à elite, o clube pode muito bem repetir o desempenho competitivo em 2020/21.
Southampton – 11º na última temporada
O Southampton já teve dias melhores na Premier League, mas ainda consegue se manter, ao menos, em posições intermediárias. Deve ser o objetivo deste ano, visto que a equipe optou por fazer baixos investimentos nesta janela. Kyle Walker-Peters foi adquirido em definitivo do Tottenham, mas o time perdeu Höjbjerg na negociação. É esperar para ver o que a comissão consegue com o que tem em mãos.
Tottenham – 6º na última temporada
E por falar nos Spurs, Lo Celso chegou em definitivo, Joe Hart veio de graça e, além de Höjbjerg, Matt Doherty foi contratado do Wolverhampton. Bons nomes que reforçam um elenco já qualificado. Sem baixas consideráveis, o Tottenham pode conseguir algo a mais em 2020/21, ainda mais se contar com Harry Kane saudável (equipe sofreu muito com isso na última PL).
West Bromwich Albion – vice-campeão da Championship
O Bromwich está acostumado com o nível da Premier League, e em seu retorno espera conseguir se manter na elite. O time vice-campeão da segunda divisão se manteve bem, com as chegadas e Diangana e Matheus Pereira como as principais para a temporada. Talvez, seja possível ver uma boa campanha na volta, mas não dá para cravar.
West Ham – 16º da última temporada
A última temporada do West Ham não foi nada feliz e essa não vislumbra um horizonte melhor. A grande contratação para reforçar o elenco é Tomas Soucek, volante ex-Sparta Praga, mas o time perdeu três peças ofensivas e não repôs. Portanto, é bom o torcedor se preparar para fortes emoções.
Wolverhampton – 7º da última temporada
Destaque da temporada passada, o carismático Wolverhampton tem tudo para repetir o que conseguiu em 209/20. Nuno Espírito Santo ganhou a joia Fábio Silva e o experiente Marçal, que pode suprir a saída de Doherty. Hélder Costa também deixou o clube, mas ele já estava emprestado e, aparentemente, não estava nos planos do clube. Como manteve seus craques, a tendência é um trabalho ainda melhor neste ano.