É fã de UFC (Ultimate Fighting Championship)? O evento teve seu início no dia 12 de novembro de 1993, na McNichols Sports Arena, em Denver, nos EUA. Sob os olhares dos fundadores Art Davie, Rorion Gracie (brasileiro) e John Milius, oito lutadores de diferentes artes marciais disputaram a primeira edição do que mais tarde se tornaria o maior evento de MMA (artes marciais mistas) do mundo. Com o objetivo de encontrar o "Ultimate Fighting Champion" (campeão supremo de luta), o torneio reunia os melhores atletas de diferentes artes marciais - como boxe, jiu-jitsu, wrestling, sumô, karatê e kickboxing - para implantar um modelo de luta competitiva que remete ao Pancrácio (luta incorporada nos Jogos Olímpicos gregos em 648 a.C) e conseguiu atrair um grande interesse por mostrar qual era a arte marcial mais eficaz de um combate. Royce Gracie, irmão mais novo do co-fundador, foi o escolhido para representar o tradicional jiu-jitsu da família Gracie. Ao derrotar os seus oponentes, o atleta se consagrou como campeão do primeiro UFC. Como não havia classe de peso, havia diversos combates com grandes diferenças físicas entre os lutadores. Uma das lutas clássicas da história aconteceu entre Keith Hackney e Emmanuel Yarboroug na terceira edição do Ultimate. Hackney venceu o lutador de sumô que pesava mais de 300 kg. Visto como esporte de natureza violenta logo em seus primeiros anos, novas regras foram criadas para o UFC, como introdução de classes de peso, uso obrigatório de luvas, proibição de golpes na nuca, puxões de cabelo, cabeçadas, entre outras, para o MMA ter maior aceitação popular. Além disso, foram estipulados rounds de cinco minutos para as lutas serem mais atrativas. Em 2001, o UFC foi comprado pelos irmãos Frank Fertitta e Lorenzo Fertitta e o promotor de boxe Dana White por apenas 2 milhões de dólares. Os sócios criaram a Zuffa, empresa para deter a patente controladora do campeonato, e junto com a marca UFC reestruturaram o MMA. O Ultimate passou a ter uma sede estabelecida em Las Vegas, nos Estados Unidos, e teve aumento considerável de sua popularidade com fortes campanhas de marketing e chegada de patrocínios. Com o sucesso desse gênero, a marca criou o TUF (The Ultimate Fighter), o próprio reality show, revelando novos lutadores para subir no octógono. Excelentes exemplos são Forrest Griffin, Rashad Evans, Michael Bisping, TJ Dillashaw e Nate Diaz. Com a primeira edição em 2005, o programa já teve 17 temporadas, sendo três delas realizadas no Brasil. O Brasil foi representado no UFC através dos campeões Anderson Silva, Rodrigo Minotauro, Rafael dos Anjos, Amanda Nunes, Cristiano Juliano, Cris Cyborg, entre outros. Atualmente, o UFC conta com 599 atletas e produz pelo mundo mais de 40 eventos ao vivo. A programação é transmitida para mais de 165 países e territórios. Após 15 anos à frente do UFC, os irmãos Lorenzo e Frank Fertita, que transformaram um evento fadado ao fracasso em um fenômeno mundial, anunciaram a venda do UFC ao grupo WME-IMG, empresa do ramo de entretenimento, pela bagatela de R$ 4 bilhões de euros (cerca de R$ 13 bilhões na cotação da época). Dana White foi mantido no cargo de executivo para dar continuidade às inovações com o novo investimento para consolidar o MMA como o maior evento do global.